Modern Love é uma série do Amazon Prime Vídeo em formato de antologia, ou seja, ela não é contínua, mas conta uma história em cada episódio.
E eu comecei assistir a pouco tempo, porém ela já consiste em duas temporadas.
Vou comentar aqui o que eu achei dos dois primeiros episódios da primeira temporada. Já aviso que haverão spoilers, pois vou comentar o que eu achei dos episódios.
Primeiramente, vou destacar a minha supresa de gostar de uma coisinha tão romântica. Não que eu não goste de coisas românticas, na verdade eu gosto muito, e já gostei muito mais no passado, porém, com a minha vida amorosa beirando a inexistência, me dá um pouquinho de raiva de ver as histórias mirabolantes de amor, enquanto eu estou a 9 anos solteira e esse mesmo tempo sem me apaixonar também.
Mesmo assim a série traz um quentinho no coração, com um pouquinho de angústia. Baseada em relatos de histórias mandadas por leitores do New York Times, a série conta as histórias dos casais. Histórias que a princípio não parecem dignas de serem contadas. Todavia, a maneira como as histórias simples são contadas trazem aquela sensação de ser necessário dizer o óbvio, abrir os olhos para a vida, e perceber que o simples é sim o extraodinário, que o cotidiano tem a sua magia, e que acontecimentos escalafobéticos são interessantes nas histórias de amor da ficção, mas que a realidade tem o seu charme.
Parece que histórias de amor reais fazem o caminho inverso saem da realidade para se tornarem histórias que merecem aparecer como as da ficção.
No primeiro episódio um porteiro de um prédio de Nova York que se importa demais com a vida de uma das inquilinas do prédio. Guzmin parece a princípio um chato intrometido, mas vendo o quanto a protagonista o deixa entrar em sua vida, vemos que na verdade ele seria uma espécie de amigo, guarda-costas e conselheiro. Uma história com humor e emoção que não poderia ter outro adjetivo além de FOFO.
A contínua desaprovação dos pretendentes se revelou na verdade a observação de que ela mesma não admirava e ou tinha confiança em seus pretendentes, não tinha brilho em seu olhar, e na minha concepção, não tinha confiança. Com os outros ela não se sentia calma e confiante como com o último pretendente.
A frase final diz muito sobre como a gente espera que venha dos outros a aprovação, a conquista e a maneira de agir sendo que a nossa atitude em relação as coisas e como nós nos sentimos em relação as coisas e pessoas, importa muito mais.
"Eu sempre olhava para você, não para eles."
No segundo episódio, acompanhamos na verdade duas histórias. O desenvolvedor de um app de relacionamentos tem uma entrevista com uma jornalista que capta o quão irônico é o fato dele, promotor de um app de namoro estar com problemas nesse quesito.
O título do episódio é que a jornalista é o cupido. Então quando ele conta a sua história para ela com o gravador desligado, ele está abrindo espaço para que saibamos que de alguma maneira o que for dito por ela irá ajudá-lo.
Logo mais a frente no episódio ouvimos uma história dela, ela abre para ele uma história super pessoal, assim que ela o aconselha a ir atrás da pessoa que ele ama.
Enquanto a história dele é de um amor a primeira vista e que foi estragado por um lapso do passado da amada, mas que ainda assim é sincera quanto a tudo o que aconteceu. A história dela é de uma história de amor em potencial e que poderia ter sido. Ela, anos depois, encontra o seu amado, e descobre que eles não ficaram juntos por causa de uma anotação perdida dentro de um livro roubado. O acaso não deixou que essa história continasse, e o reecontro aconteceu tarde demais. Os dois casados, se encontram e passam uma noite conversando, lembrando e revivendo um amor perdido em um tempo que nunca aconteceu. A noite serve para que cada um repense a sua vida e o tempo perdido. Ela resolve terminar o casamento e ele resolve voltar com o casamento terminado e tentar mais uma vez. Eles até eram a pessoa certa mas o tempo estava errado.
O conselho da "jornalista cupido" era para que ele entendesse o lado dela, que apesar de tudo que passou ainda assim o amava, nota-se pela sinceridade. E que o amor que ele sentia agora era o que importava na verdade. A ex namorada, lê o relato da jornalista sobre o jovem promissor ex-namorado e percebe que esse amor a primeira vista vale um esforço maior. Eles não poderiam, assim como a jornalista, perder a chance de viver um amor daqueles. Não deixem o tempo matar o amor, aproveitem.
Nossa, foi bem Carpe Diem esse final.
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